terça-feira, 30 de agosto de 2011

Brasil: Tortura é rotina em presídios

Generalizada e institucionalizada desde a Ditadura Militar, a prática de violência nas prisões brasileiras conta com a cumplicidade e omissão dos agentes públicos e das autoridades. É isso que uma comissão da ONU deverá constatar, brevemente, em visita ao Brasil – um vexame.

por Lúcia Rodrigues (Caros Amigos)

No próximo mês uma delegação da ONU virá ao país para verificar o que acontece atrás das grades das prisões brasileiras. O cenário que os representantes do Subcomitê para a Prevenção da Tortura, da Organização das Nações Unidas, irão encontrar é macabro. A tortura é praticada sistematicamente por policiais e agentes penitenciários em presídios, delegacias, centros de detenção provisórios e unidades socioeducativas destinadas a adolescentes. Está disseminada de norte a sul e de leste a oeste do país. Apesar disso, nenhum torturador está preso no Brasil. A tortura conta com a anuência do sistema judiciário.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O jornal sem patrão contra a ditadura

Livro resgata história do jornal Movimento. Em entrevista, autor fala sobre o periódico que enfrentou os militares

por Vinicius Mansur

Nascido em julho de 1975, após a saída em massa dos jornalistas do Opinião, o jornal Movimento foi um dos mais importantes instrumentos que escreveram a história da redemocratização brasileira até novembro de 1981. Fruto da organização coletiva daqueles que apostaram no jornalismo sem patrão e com programa político explícito, o jornal Movimento forjou, em meio à ditadura militar, o concreto exercício da democracia.

Esta história sai agora do mundo efêmero do jornalismo, dos registros dispersos e das conversas esporádicas para o registro denso e rigoroso do livro Jornal Movimento, uma reportagem de Carlos Azevedo, com reportagens de Marina Amaral e Natália Viana. Em entrevista, Azevedo resgata esta saga do jornalismo combativo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Arlequins Agradece !!!


Agradecemos ao Engenho Teatral pelo convite na "Engenho Mostra um pouco do que Gosta VI" para apresentação do espetáculo "Os filhos da Dita". A ele, a todos que nos deram força e aos que lá foram nos assistir, nosso imenso carinho e nossos aplausos.

Evoé !!!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os filhos da Dita na 6ª Engenho Mostra um pouco do que gosta

ENGENHO MOSTRA UM POUCO DO QUE GOSTA VI

É uma mostra anual de teatro que reúne algumas dessas experiências para o público do Engenho Teatral. Não se trata de mostrar o chamado “teatro de qualidade”, as formas estabelecidas de ver e representar o mundo. São outras janelas que se abrem, é uma outra comunhão e festa que se propõe ao público.

Na programação de 2011, que começou em 16 de julho, 4 dos 5 grupos de teatro convidados já se apresentaram na Engenho Mostra. Amanhã, sábado, dia 13 e domingo, dia 14, é a vez de Arlequins com o espetáculo Os filhos da Dita.

Como diz o pessoal do Engenho: Quem não viu, prepare-se para ver o que não se vê na TV.

Serviço:

ENTRADA GRATUITA
Dias 13 (sábado) e 14 (domingo) de agosto, às 19h
Engenho Teatral
Clube Escola Tatuapé - Estação Carrão do Metrô
Rua Monte Serrat, 230
fone 2092-8865
Estacionamento gratuito no local
Não se proíbe a entrada de crianças acompanhadas
Duração: 65 minutos
Recomendado para maiores de 14 anos

Saiba mais sobre ENGENHO MOSTRA UM POUCO DO QUE GOSTA VI

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

52 mil páginas registram espionagem da Polícia Civil de SP

Até 1999, central de arapongagem espionou partidos, autoridades nacionais, políticos, movimentos sociais, igrejas e sindicatos

por Ricardo Galhardo

A Polícia Civil de São Paulo espionou clandestinamente partidos, líderes políticos, autoridades estaduais e nacionais, movimentos sociais, igrejas e sindicatos até 1999, quase 15 anos depois do fim da ditadura militar (1964-1985). A existência de uma central de arapongagem política em pleno período democrático está registrada em mais de 50 mil documentos disponibilizados pelo Arquivo Público do Estado aos quais o iG teve acesso.

Segundo os documentos, o Departamento de Comunicação Social da Polícia Civil (DCS), criado em 1983 pelo governador Franco Montoro e extinto em 1999 no segundo mandato de Mário Covas, infiltrava agentes em assembléias sindicais e reuniões partidárias, fotografava e documentava atos políticos e acompanhava de perto as principais lideranças e entidades sem que houvesse qualquer indício de crime que justificasse a ação policial.