sexta-feira, 20 de maio de 2011

Polícia Militar censura ato contra o genocídio da população negra

Ação contou com 12 viaturas da PM que tentaram impedir a manifestação

por Vivian Fernandes, da Radioagência NP

Assista ao vídeo:



As organizações que compõem o Comitê Contra o Genocídio da População Negra classificaram como “censura” a apreensão de faixas e cartazes no ato do “13 de Maio”, realizado na última sexta-feira, em frente ao Teatro Municipal, na cidade de São Paulo. Entre 12h e 20h, a mobilização reuniu movimentos negros, populares e sindicatos.

Em carta endereçada à Secretaria de Segurança Pública e ao Alto Comando da Polícia Militar, o Sindicato dos Advogados de São Paulo pediu apuração dos fatos e investigação de possível prática de censura, abuso de autoridade e violação dos direitos humanos.

A ação da polícia contou com 12 viaturas da PM com um efetivo de cerca de 30 homens armados que tentaram impedir a manifestação e aprenderam faixas e banners onde constavam denúncias acerca do grande de número de jovens mortos pela polícia. Um vídeo gravado pelos manifestantes flagrou o momento em que foram repreendidos.

No dia anterior (12), o Comitê se reuniu com deputados que integram a Comissão de Direitos Humanos da Assembeia Legislativa. Na ocasião, foi protocolado um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar abusos cometidos por policiais civis e militares no estado.

No encontro com os deputados a defensora Daniela Skromov Albuquerque informou que os Núcleos de Direitos Humanos e Combate ao Racismo da Defensoria Pública de São Paulo acionaram o Governo do Estado, por meio de ofício. Foram pedidas explicações sobre os encaminhamentos feitos após a Audiência Pública sobre execuções sumárias, realizada no final de 2010.

3 comentários:

  1. Encontrei esse comentário, de Luiz Gustavo G S Rocha, em um site e faço dele as minhas palavras.

    "E eles militares ditadores continuam com argumentos pífios...

    É amigos de fato nossos militares, aqueles dotados com o espirito viril da ditadura brasileira continuam silenciando a pulso firme e calibres 38 a história e condições do negro nas periferias do Brasil. Claro, qual importância da nossa história no cenario contemporâneo dessa globalização demagógica e a propagação sobre as condições precarias de valorização do poder público sobre os direitos do periferico, aquele cujo a população é composta em sua maioria por negros descententes do regime colonizador ao qual deu inicio todo processo de proliferação das periferias no pais e sua criminalização, pois sim ser o "pobre negro" é crime. Só quem é de lá, da raiz, sabe que suas histórias, perdas e lutas constantes para ganhar sua devida posição, com tudo o que há de valor na sua costituição cultural não importa para a grande midia e divulgação em massa.

    "Senhores de todos os tempos" o argumento pífio de se sentirem ofendidos por serem chamados de assassinos, por aqueles que sofrem diariamente com seus atos brutais comfirmados estátisticamente a cada dia não justifica querer calar a boca do meu povo."

    MAX DANIEL

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  2. Abafar manifestações públicas é essencialmente uma atitude de ditadores.
    Uma coisa é a PM controlar o ânimo exaltado de manifestadores, que é o que é sempre alegado por essa corporação quando atua nesses casos, outra é controlar uma manifestação pacífica.
    Controlar uma manifestação pacífica é ORDEM EXPRESSA PARA CALAR A BOCA DE TODO E QUALQUER CIDADÃO E DEIXAR CLARO QUEM É QUE FALA POR AQUI.

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  3. O estado só é estabelecido quando se apropria da violência... Só ele estado é que pode fazer uso dela, tanto na defesa do território (forças armadas) quanto no controle interno de seus cidadãos. A violência portanto é o único instrumento efetivo que o estado dispões para impor as seus seu domínio.
    O que mais me incomoda é que as forças da violência tem sua origem entre os próprios violentados... isso é lamentável.

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